Evento realizado no CFM reuniu especialistas, professores e estudantes para discutir tecnologia, ética e o futuro da saúde
O Centro Universitário UNICEPLAC realizou o V Congresso de Medicina, que neste ano teve como tema a Inteligência Artificial. A abertura ocorreu na sede do Conselho Federal de Medicina (CFM), em Brasília, e contou com a presença de autoridades, professores, médicos, pesquisadores, estudantes e convidados.
Durante a cerimônia de abertura, o presidente do CFM, José Hiran da Silva Gallo, ressaltou a importância de iniciativas que promovem o diálogo entre ciência, tecnologia e humanização. “Não podemos deixar de conversar sobre pautas prioritárias da medicina com nossos professores e futuros médicos. A medicina, antes de ser técnica, é sabedoria, escuta, presença e o exercício de transformar conhecimento em cuidado. A evolução tecnológica deve servir à humanidade, garantindo o bem-estar e a segurança dos pacientes”, afirmou.
A reitora do UNICEPLAC, professora Dra. Kelly Pereira, destacou a importância de formar médicos preparados para os desafios do futuro. “É com imensa alegria que celebramos o V Congresso de Medicina do UNICEPLAC. A cada edição, reafirmamos nosso compromisso com a excelência, a inovação e, sobretudo, com a formação humana e ética dos nossos futuros profissionais. Falar de inteligência artificial na medicina é pensar o presente com olhar voltado para o futuro, mas com responsabilidade. O UNICEPLAC se orgulha de promover esse diálogo, preparando médicos capazes de unir raciocínio clínico, pensamento crítico, domínio técnico e ética”, destacou a reitora.
A presidente do congresso e professora do curso de Medicina, Dra. Glória Maria Andrade, reforçou que o evento proporcionou uma reflexão sobre o uso da inteligência artificial sob diferentes perspectivas. “Tivemos a oportunidade de discutir o uso da inteligência artificial na medicina sob diversas abordagens, com o propósito de atualizar conhecimentos, compartilhar experiências e integrar boas práticas, sempre pautadas pela ética e pela responsabilidade médica”, afirmou.
Inteligência artificial e o futuro da medicina
A inteligência artificial está cada vez mais presente nas decisões clínicas, diagnósticos, pesquisas e na gestão em saúde. Entre os principais benefícios, destacam-se o aprimoramento da análise de imagens, o avanço das cirurgias robóticas e o apoio ao diagnóstico e à educação dos pacientes.
O coordenador do curso de Medicina do UNICEPLAC, Dr. Marco Antônio Alves Cunha, ressaltou que, mesmo com avanços tecnológicos, o foco da profissão continua sendo o paciente. “O nome do congresso é Medicina e Inteligência Artificial. Medicina vem primeiro porque o nosso paciente está sempre em primeiro lugar. A tecnologia deve nos guiar, mas com ética, regulamentação e propósito. É uma honra contar com o apoio de instituições como o CFM, que reconhecem a importância desse debate e abrem as portas para a academia”, destacou.
Formação científica e experiência prática
Além de promover debates sobre inovação tecnológica e os rumos da prática médica, o congresso também se consolida como um espaço de formação e aprendizado. “O evento tem uma finalidade pedagógica relevante: proporcionar aos alunos a experiência de participar de um congresso científico de grande porte. Eles aprendem a organizar, apresentar trabalhos e compreender a estrutura de um evento acadêmico, fortalecendo sua formação profissional”, explicou o professor Dr. Marco Antônio.
Entre os participantes, o sentimento foi de aprendizado. A estudante Bruna Pretto, do 1º semestre de Medicina, vivenciou sua primeira experiência em um congresso científico. “É fundamental para a carreira participar de eventos assim. Tive a oportunidade de aprender com profissionais renomados e ampliar meus conhecimentos”, afirmou.
A aluna Giovanna Braga, do 2º semestre, destacou a importância do networking. “Essas experiências enriquecem o currículo e fortalecem nossa formação. Tivemos a oportunidade de discutir temas importantes com profissionais de destaque”, contou.
O estudante Rafael Silveira, 8º semestre, apresentou um trabalho científico ao lado da colega Juliana Cristovão, do 9º semestre, sobre hemorragia subaracnoidea aneurismática. “Participar do congresso é uma experiência única. Crescemos profissionalmente, ampliamos nossa visão sobre a prática médica e fortalecemos nosso vínculo com a pesquisa”, afirmou Rafael. “Nosso estudo buscou compreender melhor o diagnóstico e o tratamento dessa condição, além de incentivar o desenvolvimento científico dentro da faculdade”, completou Juliana.
A estudante Nayla Vieira, do 7º semestre, apresentou a pesquisa “Análise epidemiológica entre gêneros dos trabalhadores do DF e desfechos de acidentes de trabalho”. “Antes, fazer uma análise epidemiológica era algo muito complexo. Hoje, com as ferramentas de IA, é possível aplicar estatísticas e gerar resultados com mais agilidade. Discutir essas novas possibilidades é essencial para o futuro da medicina”, concluiu Nayla.


