Para acompanhar a filha com paralisia cerebral, Cleideleia, de 47 anos, decidiu cursar Pedagogia junto com a jovem
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Sonho de muitos, cursar uma graduação nem sempre é simples. São muitas as barreiras capazes de impedir alguém de ingressar no ensino superior. No caso de Laura Vieira, o principal obstáculo foi a falta de preparo de algumas instituições para receber pessoas com deficiência. O final da história, no entanto, é feliz. A jovem de 24 anos e sua mãe, Cleideleia Vieira, estão próximas de concluir o curso de pedagogia no UNICEPLAC e já pensam em uma segunda graduação. Dessa vez, em Psicologia.
Laura tem paralisia cerebral diplegia e foi aprovada para cursar Direito na Universidade de Brasília (UnB). No entanto, após visitar o campus na Asa Norte antes do início das aulas, optou por estudar em uma instituição perto de casa, no Gama. Iniciava-se aí a procura de Cleideleia por uma faculdade que pudesse receber a filha.
A mãe, de 47 anos, relata que no primeiro momento a busca foi desafiadora e muito desanimadora. “Procurei faculdades próximas a minha localidade e que seriam inclusivas, porém não fomos bem atendidas. Só encontrei atendimento respeitoso e interessado quando falei com a equipe do UNICEPLAC. Fui apresentada ao Núcleo de Apoio Discente e Acessibilidade (NAPA) e fomos tratadas como princesas. As pessoas nos atenderam muito bem, perguntaram sobre o quadro da Laura e explicaram o que ela teria que fazer para ingressar no curso”, conta.
Laura, que nesse momento já havia escolhido outro curso, prestou o vestibular e foi aprovada para estudar pedagogia. Sua mãe então resolveu também participar do processo seletivo para acompanhar a filha e aproveitar para se graduar em uma área que já fazia parte de seu cotidiano. Afinal, era costume acompanhar Laura nas aulas durante toda a vida escolar da jovem.
A coordenadora do curso de Pedagogia, Eusiléa Severiano, foi uma das pessoas que receberam Cleideleia e atuaram diretamente na elaboração de uma prova de seleção adaptada às necessidades de Laura. Ela conta que logo na primeira conversa com a mãe garantiu que a instituição trabalharia para que a jovem recebesse uma educação inclusiva e com a mesma qualidade que os demais alunos. “Adaptamos tudo que é possível às necessidades da Laura, as provas, as salas de aula no térreo da faculdade. Toda a equipe do curso trabalha para auxiliar as duas da melhor maneira possível e garantir que a Laura se sinta acolhida e participe de todas as atividades propostas no curso”, explica.
Recentemente avaliado com nota máxima pelo MEC, o curso de Pedagogia foi destaque no quesito inclusão. “Já recebemos estudantes com diferentes deficiências e sempre trabalhamos para atender as necessidades de cada um, mas sempre procuramos garantir que esses alunos tivessem acesso ao ensino superior como qualquer outro. Por isso falamos que o curso de Pedagogia do UNICEPLAC é o curso da afetividade”, conta Eusiléa. Hoje mãe e filha estão no 7º período do curso e logo vão iniciar a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). As duas se dizem realizadas com a graduação e não deixam de elogiar a instituição. “Nesse quesito acolhimento, se eu tiver que indicar alguma faculdade, com toda certeza indico o UNICEPLAC. Até mesmo em questão de acessibilidade, todos nos ajudaram. Abriram o estacionamento para que eu pudesse estacionar mais perto da entrada. Os professores são maravilhosos, todos eles auxiliam a Laura e adaptam as provas de acordo com as necessidades dela. Os colegas de classe também são acolhedores. Se tivesse que dar uma nota para a instituição, de 0 a 10, eu certamente daria 11”, finaliza Cleideleia.
