educação física

05/07/2021 - 12:29

Do solo do Hip-Hop para o Laboratório de Aulas Coletivas!

imagine fazer o que gosta de forma profissional, não é difícil! O Mateus Cardoso consegue conciliar a dança com os estudos com bastante estilo.

O estudante do curso de Educação Física tem 22 anos e é apaixonado por dança, esportes e radicalidades. Mateus Cardoso é B-Boy, significa Break-Boy termo oriundo das ruas de Nova York na década de 70. É uma dança de rua onde os participantes podem se expressar livremente e com muito estilo.

Começou com 10 anos, seguindo os passos do seu pai, B-Boy da década de 80 em São Paulo. E como o Hip-Hop está no sangue, o Mateus escolheu um curso que o permite continuar fazendo o que gosta de forma profissional, com possibilidade de ser um grande professor de dança.

Primeiro vamos te explicar melhor o que é um Break-Boy

A cultura Hip-Hop tem origem em Nova York na década de 70, uma época em que as drogas e criminalidade assolavam as ruas da cidade. Sem muitas opções, os jovens encontraram na dança uma forma de se expressar e esquecer um pouco daquela realidade em que viviam. Embalados por Djs como Granmaster Flash que pegava a parte mais agitada dos discos do Black Music e mixava, transformando no “Brakedown”(a parte da música com mudança abrupta de ritmo). Saiba mais sobre o início do Hip-Hop  na série The Gat Down da Netflix. Foi aí que nasceu o Breakdance, e consequentemente o termo Break-Boy, ou ainda, Bronx-Boy, referência ao bairro Bronx. Movido por esse ritmo/paixão que o Mateus escolheu o curso de Educação Física, acompanhe a entrevista:

Uniceplac: Como foi a escolha de curso?

M.C: Eu sempre fui muito ligado a esportes, danças, saúde e radicalidades, tudo isso eu encontrei no curso de EDF e incrível. A possibilidade de ser professor de dança também foi uma das coisas que me motivaram a escolher o curso.

Uniceplac: Dança desde quando? Como começou?

M.C: Comecei aos 10 anos, tive muita influência do meu pai, que também era B-Boy na década de 80 em São Paulo, um dos pioneiros do hip-hop foi meu primeiro professor.

Uniceplac: Explica um pouco sobre sua trajetória como B-Boy, faz parte de algum grupo, ganha dinheiro com a dança?

M.C: Bom, dentro do Breaking tive várias experiências que nunca imaginei. Comecei apenas por brincadeira, como hobby e hoje já pude visitar vários países da Europa através da dança. Representei o Brasil em grandes eventos internacionais, como Outbreak na Eslováquia e o IBE na Holanda. No Brasil é difícil viver da cultura, não se tem uma grande valorização como em outros países. Hoje não vivo apenas da minha arte preciso de trabalhar em outras coisas para me sustentar. Inclusive, faço faculdade para poder ganhar dinheiro com o que gosto de fazer.

Uniceplac: É um hobby ou é uma profissão?

M.C: Os dois, também costuma dizer que e meu estilo de vida. Treino diariamente tanto para competir quanto para me divertir.

Uniceplac: Pretende seguir carreira?

M.C: Com toda certeza um dos meus focos de vida e morar fora do Brasil e viver da cultura.

Uniceplac: Como concilia a dança com o curso?

M.C: E um pouco difícil, principalmente em época de competições, pois a maioria e fora do DF, então às vezes rola uma ou outra falta. Também não tem locais adequados para os treinos, ainda mais por conta da pandemia vivo me machucando treinando em locais inapropriados. O que pode resultar em faltas, mas no grande geral não e tão difícil conciliar.

Uniceplac: Qual área da Educação Física quer seguir?

M.C: Docência, ser professor é meu foco e quero usufruir o máximo que a EDF pode me oferecer!